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22 de novembro de 2010

Diabete, tudo sobre a doença


O que é diabete

Batizada pelos médicos de diabetes mellitus, a doença ocorre quando há um aumento do açúcar no sangue. Dependendo dos motivos desse disparo, pode ser de dois tipos:


• No tipo 1 as células do pâncreas que fabricam insulina, o hormônio que ajuda a glicose a entrar nas células, simplesmente foram destruídas.
• Já no tipo 2 ou a produção dela não é suficiente ou as células simplesmente não conseguem aproveitá-la da forma correta - a chamada resistência à insulina.
Nos dois casos, o excesso de glicose em circulação desencadeia várias complicações que, se não forem controladas, podem levar à morte.
O diabete é um dos problemas mais graves de saúde pública, pois responde por 40% das mortes por doenças cardiovasculares - a primeira causa de morte no mundo. No Brasil ele atinge cerca de 10% das pessoas entre 30 e 69 anos. Mas apenas metade delas sabem que são portadoras do distúrbio.
De onde vem o nome?

O termo diabetes foi cunhado lá pelo ano 70, na Grécia antiga, quando Areteu da Capadócia descreveu a doença pela primeira vez. Ele comparou o funcionamento do organismo desses pacientes a um sifão, o significado da palavra grega: comiam e bebiam muito, mas toda a energia que entrava pela boca ia embora literalmente pelo ralo com o excesso de urina. Já mellitus foi incorporado bem mais tarde. Em 1670 o médico inglês Thomas Willis provou a urina de indivíduos que apresentavam sintomas parecidos e descobriu que ela era muito doce. Quase dois séculos depois, em 1815, o químico francês M. Chevreul demonstrou que o açúcar dos diabéticos era glicose. Daí os médicos começaram a experimentar a urina de quem tinha suspeitas da doença. Ela foi batizada então de diabetes açucarada ou diabetes mellitus, palavra de origem latina que quer dizer mel ou adocicado.
 

O ciclo vicioso da doença

Sem insulina e com açúcar sobrando, o corpo fica sem energia e sujeito a vários problemas:


1. O excesso de glicose em circulação leva a um acúmulo no sangue - é a chamada hiperglicemia.
2. Para eliminar esse excesso, a pessoa passa a fazer mais xixi, desidratando o organismo. Daí a sede exagerada do diabético.
3. Sem receber glicose, o cérebro pensa que está faltando energia e ativa mecanismos de emergência para compensar essa deficiência. Ele ordena ao fígado mais produção de glicose e obriga o tecido gorduroso a queimar seus estoques. Resultado: a glicemia sobe mais ainda e a pessoa vai emagrecendo, se sentindo fraca e cansada.

4. A falta de energia faz a vítima sentir mais e mais fome, o que dispara a glicose no sangue. A queima de gorduras gera compostos chamados cetonas que são eliminados pela respiração e pela urina. Daí o hálito com cheiro levemente adocicado desses pacientes.

Sinais de alerta

• Urinar muitas vezes, de dia e à noite, e em grande quantidade

• Obesidade
• Perda de peso
• Muita fome
• Cansaço
• Piora da visão
• Furúnculos freqüentes
• Cicatrização difícil e infecções de pele
• Impotência sexual
• Pressão arterial elevada

Causas

No diabete tipo 1, geralmente diagnosticado na infância e na adolescência, é o próprio sistema imunológico da pessoa que, não se sabe bem por que, passa a atacar e destruir as ilhotas de Langerhans, as células do pâncreas produtoras de insulina.


No tipo 2, mais freqüente em adultos, há uma tendência hereditária por trás do mal e uma forte conexão com a obesidade. Hoje sabe-se que os quilos a mais na balança provocam a chamada resistência à insulina, que é a dificuldade das células de absorver a glicose. Ao longo do tempo, isso pode desembocar no diabete. De certa forma, é possível prevenir esse tipo mantendo o peso ideal, a alimentação adequada e uma rotina de exercícios. Esse tripé facilita o trabalho da insulina e mantém a glicose nas taxas ideais.

Complicações

O excesso de açúcar no sangue causa danos nos vasos que levam a várias complicações. Manter a glicose sob controle é o único jeito de afastar esses riscos:


• Cegueira: as alterações vasculares na região dos olhos podem provocar pequenos sangramentos e lesões na retina. É a chamada retinopatia diabética, que pode levar à perda da visão. O diabético deve fazer exames de fundo de olho com regularidade.

• Problemas cardiovasculares: a alta da glicose agride a parede dos vasos facilitando o acúmulo de gordura e as inflamações que entopem artérias. Isso causa infartos e derrames.

• Amputação de membros inferiores: As lesões nos vasos e a queda da irrigação diminuem a sensibilidade nos membros inferiores. O pé do diabético é extremamente suscetível a feridas que rapidamente podem virar úlceras de difícil cicatrização. Infeccionadas, podem levar à amputação.

• Impotência: a dificuldade de circulação no pênis pode causar problemas de ereção.

• Insuficiência renal: a circulação deficiente compromete a função dos rins. Se não for controlada com remédios, pode levar à falência renal.

Diagnóstico e exames de rotina

Para detectar a doença, o exame básico é a chamada glicemia de jejum, que deve estar entre 70 a 110 mg por 100 ml de sangue. Se o resultado ultrapassar 126 em dois exames seguidos, é diabete na certa. Mas se os números apontarem entre 110 e 125, pede-se o teste oral de tolerância à glicose para tirar a teima. O indivíduo ingere 75 gramas de glicose diluída em água e, após duas horas, faz o exame de sangue. O diabete é diagnosticado se estiver acima de 200. Um valor entre 140 e 199 acusa um quadro de pré-diabete.


Uma vez diagnosticado, o diabético terá que incorporar à sua rotina diária o glicosímetro - o aparelho que mede a glicemia. Dependendo do caso, ele deverá monitorá-la várias vezes ao dia pois é o único jeito de evitar descompensações.

Além disso, para manter a doença sob controle, essas pessoas devem realizar, pelo menos duas vezes ao ano, o exame da hemoglobina glicada, ou A1C. Só ele detecta como se comportou o açúcar nos últimos dois ou três meses, dado essencial para saber a quantas andam os estragos no organismo. O exame dosa a quantidade de glicose que se combinou com a hemoglobina dos glóbulos vermelhos, ou seja, o quanto de açúcar circulou pelo sangue naquele período, que é justamente o tempo de vida das hemácias.

O paciente também deve visitar o oftalmo uma vez ao ano e fazer rotineiramente exames da função dos rins e dos nervos, além dos básicos de colesterol e triglicérides. Em alguns casos, é preciso também ecocardiograma e teste ergométrico. Recentemente o Laboratório Fleury, em São Paulo, elaborou um check-up específico para flagrar complicações nos pés. Ele envolve exames de sensibilidade e avaliação da circulação local.
 Quem recebe um diagnóstico de diabete deve mudar radicalmente certos hábitos. E por toda a vida, pois a doença não tem cura. Somente um equilíbrio perfeito entre dieta, exercícios e medicação consegue manter as taxas de glicose no lugar certo e evitar as temidas complicações.


Para os pacientes que padecem do tipo 1, não há saída: essa gente vai depender do hormônio sintético a vida inteira. Por enquanto, o tratamento padrão é com a insulina injetável. Outras formas de aplicação, como as bombinhas de inalação, patches e até mesmo comprimidos ainda estão em estudos. Para que o controle seja perfeito, é preciso usar tanto uma insulina de ação lenta, que controla a glicemia de jejum (inclusive durante a madrugada), quanto uma de ação rápida ou ultra-rápida antes das refeições. Os tipos mais atuais são as chamadas de ação prolongada, que duram em torno de 24 horas e tentam imitar o funcionamento da insulina basal ideal. A dose certa vai depender do tipo de refeição e da atividade física do paciente. Qualquer erro, pode produzir picos de hiper ou de hipoglicemia.



Já as vítimas do tipo 2 normalmente produzem insulina e a grande maioria continua produzindo pelo resto da vida. Calcula-se que somente 25% delas precisarão das doses extras. Por isso, normalmente o início do tratamento é feito à base de dieta e exercícios. Se necessário, o médico receita antidiabéticos orais, comprimidos que aumentam a secreção de insulina ou diminuem a resistência à ação dela.

A AJUDA DO CARDÁPIO
Não há remédio ou insulina que funcione sem um rígido controle da alimentação. O que vai ao prato interfere diretamente na doença - para bem e para mal. Há alimentos que decididamente deverão ser evitados. Aqui, os vilões são os carboidratos que, quando quebrados, se transformam na temida glicose. E esse grupo de alimentos não é nada desprezível: engloba cereais, massas, leite e derivados, legumes, frutas, doces, sucos, refrigerantes. A boa notícia é que há uma forma de calcular o consumo deles para deixar a vida mais fácil e apetitosa. O chamado método da contagem dos carboidratos ensina a fazer combinações que garantem mais liberdade à mesa. Por outro lado, a Ciência não pára de descobrir novidades no cardápio que dão uma verdadeira força a esses pacientes. É o caso das fibras, por exemplo, que se mostraram capazes de reduzir a glicemia.

Atualmente quem está na mira de médicos e pacientes é o chamado índice glicêmico dos alimentos. Isso porque descobriu-se que tão importante quanto saber quais alimentos viram glicose é conhecer com que velocidade eles liberam o açúcar no organismo. O IG indica esse impacto. Mas como esse índice é influenciado por muitos fatores, a saída ainda é combinar essa informação com outros métodos, como a própria contagem de carboidratos e até mesmo a substituição de alguns deles. Mas atenção: só o médico poderá orientar as escolhas de cada paciente.

O PAPEL DOS EXERCÍCIOS

A atividade física é outro item que não pode faltar de jeito nenhum na rotina do diabético. Os exercícios garantem benefícios em dose dupla: por um lado estimulam a insulina a trabalhar melhor. Por outro, a malhação exige mais combustível do organismo - ou seja, glicose - e derruba ainda mais suas taxas no sangue. O ideal é apostar nos exercícios aeróbicos, como caminhadas, natação ou corrida, que diminuem a resistência à insulina. O treinamento de força também dá lá a sua contribuição - afinal, ele consome energia, reduzindo o açúcar em circulação. Mas o paciente só pode partir para os treinos depois de uma avaliação completa do médico. Inclusive porque isso vai determinar o quanto de insulina, se for o caso, ele precisará usar.

Diabete gestacional

Ao engravidar, algumas mulheres desenvolvem o diabete mesmo sem nunca ter tido problemas de glicemia na vida. Ao que parece, os hormônios produzidos pela placenta inibem a liberação e o funcionamento da insulina. O problema é sério: uma vez instalado, o diabete gestacional traz riscos para mãe e filho. O excesso de glicose da mãe faz o bebê engordar demais e o recém-nascido pode ter distúrbios respiratórios, hipoglicemia, icterícia e deficiência de cálcio. Como se fosse pouco,o pequeno ainda tem mais chances ser uma criança obesa e de desenvolver o diabete tipo 2 no futuro. Por isso o problema precisa ser cuidadosamente controlado. Algumas mamães resolvem a questão com dieta e exercícios, mas outras precisam das tais picadas de insulina. Normalmente a doença some depois do parto, mas essas mulheres têm um risco muito maior de desenvolver a doença no futuro e em outras gestações.


SERVIÇO

• Associação de Diabetes Juvenil

Dá cursos, palestras e promove eventos para ensinar a lidar com a doença.

www.adj.org.br

• Hospital das Clínicas de São Paulo

Informações sobre curso de contagem de carboidratos

tel. (11) 3083.7798
 
Clique aqui para assistir uma ilustração animada
 
Via Revista saúde

Tratamento





17 de novembro de 2010

Medula óssea


medula óssea, também conhecida como tutano, é um tecido gelatinoso que preenche a cavidade interna de vários ossos e fabrica os elementos figurados do sangue periférico como: hemáciasleucócitos e plaquetas.
A medula óssea é, pois, um órgão hematopoiético. Ela é constituída pelas linhagens que originam os três elementos citados acima, de células que tomam parte na fabricação do osso (osteoblastos e osteoclastos), de células e fibras que compõem uma malha para sustentar todas as células referidas (fibras e células reticulares). É onde estão as células progenitoras das células sanguíneas. Ali também têm origem as alterações que vão ser responsáveis por inúmeras doenças. No homem adulto sadio produz cerca de 2,5 bilhões de eritrócitos, 2,5 bilhões de plaquetas e 1,0 bilhão de granulócitos por kg de peso corporal.[1]
A medula óssea é constituída por um tecido esponjoso mole localizado no interior dos ossos longos. É nela que o organismo produz praticamente todas as células do sangue:glóbulos vermelhos (Eritrócitos)glóbulos brancos (Leucócitos) e plaquetas (Trombócitos). Estes componentes do sangue são renovados continuamente e a medula óssea é quem se encarrega desta renovação. Trata-se portanto de um tecido de grande atividade evidenciada pelo grande número de multiplicações celulares.
A medula óssea mantém-se em atividade intensa e ininterrupta para produzir células sanguíneas e para isso depende de abundante e contínuo suprimento de substâncias.
Para elaborar novos glóbulos vermelhos ela aproveita restos de glóbulos vermelhos envelhecidos e destruídos, ferro contido na hemoglobina é reaproveitado.

Anatomia


Tipos

Ao nascermos todos os nossos ossos contém medula capaz de produzir sangue: a medula vermelha. Com a passagem dos anos, a maior parte da medula vai perdendo sua função, sendo substituída por tecido gorduroso que passa a ser chamada de medula amarela.
No adulto apenas alguns ossos continuam exercendo essa função: as costelas, o corpo das vértebras, as partes esponjosas de alguns ossos curtos e das extremidades dos ossos longos dos membros superiores e inferiores, assim como o interior dos ossos do crânio e doesterno.
Os outros ossos do esqueleto do adulto possuem medula amarela e portanto, em condições normais, são incapazes de produzir sangue. Quando há uma necessidade maior, como no caso de uma anemia, parte desta medula óssea amarela pode voltar a produzir células sanguíneas.


Estroma


Células-tronco

A medula óssea contém células-tronco.

Doenças envolvendo a medula óssea

Diversas doenças podem alterar a arquitetura da medula óssea. Entre elas se destacam:


Transplante de medula óssea

Transplante de medula óssea (TMO) ou transplante de células-tronco hematopoiéticas (TCTH) é um procedimento médico da área da hematologia e oncologia que envolve o transplantede células tronco hematopoiéticas provenientes da medula óssea do doador. Esse procedimento é indicado principalmente em doenças da medula óssea e certos tipos de câncer hematológicos. O TMO surgiu na década de 70, graças ao pioneirismo de E. Donnall Thomas e colaboradores, reconhecido mais tarde com o Prêmio Nobel em Fisiologia e Medicina. A principal característica desse procedimento e o que a difere da maioria dos transplantes de órgãos é que no TMO o receptor recebe por via endovenosa um aspirado de células de medula óssea do doador, e essas células migram pelo sangue até se fixarem na medula óssea do receptor e voltarem a se multiplicar e cumprir suas funções fisiológicas no hospedeiro. Apesar de aparentemente simples, ainda é um procedimento de risco e está indicado apenas em doenças graves. As principais complicações são infecções, recidivas da doença anterior e a doença do enxerto versus hospedeiro (graft versus host disease - GVHD), aonde as novas células do sistema imunológico, ao não reconhecer as células do hospedeiro, passam a destruí-las como se fossem uma infecção.

9 de novembro de 2010

Plástico nocivo será tirado de produtos

Na última semana, três grandes empresas alimentícias anunciaram esforços para banir o uso de bisfenol A (BPA) de suas embalagens.

A Nestlé se comprometeu a abolir o uso da substância nos próximos três anos. Outros conglomerados -Heinz e General Mills- estão investindo em alternativas. 

O bisfenol A, componente químico usado na confecção de alguns tipos de plástico e no revestimento interno de latas de comida e bebida, é contestado por organizações de consumidores e parte da comunidade científica, devido a riscos ao organismo. 

Pesquisas têm associado o contato com a substância a probabilidades maiores de desenvolver doenças cardíacas, diabetes, puberdade precoce e queda da fertilidade em adultos.
No dia 28, foi publicado um estudo no periódico "Fertility and Sterility" que analisou 514 operários chineses por cinco anos. Aqueles com vestígios de BPA na urina apresentavam risco três vezes maior de produzir sêmen de pior qualidade. 


Editoria de Arte/Folhapress









































PRECAUÇÃO
 
Canadá, Dinamarca, França e Costa Rica já vetaram o uso de bisfenol em mamadeiras e copos infantis.
No Brasil, a Anvisa estabelece o limite de 0,6 miligrama de BPA por quilo de embalagem alimentícia. Segundo a Vigilância Sanitária, "dentro desse parâmetro, a substância não oferece risco para a saúde da população". 

Mas, para a tradutora Fabiana Dupont, 39, que criou um site para alertar sobre os riscos do bisfenol A, não há certeza sobre qual nível pode ser considerado seguro.
"A utilização de BPA em embalagens alimentares tem que ser banida até que os produtores provem que ele não faz mal à saúde", diz. 

Segundo endocrinologistas, nenhum estudo em humanos foi conclusivo sobre o aspecto nocivo da substância, mas há indícios de que sua composição possa causar alterações hormonais.
"A conformação é similar à do estrógeno: é possível que seja recebido no corpo como se fosse o próprio hormônio e cause efeitos como puberdade precoce e redução da fertilidade", diz Elaine Costa, da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia.
A Nestlé do Brasil informou que pretende seguir as diretrizes da sede e que já iniciou estudos "que visam eliminar integralmente, em até três anos, o bisfenol das embalagens dos produtos".
Já a Coca-Cola informou que as quantidades da substância usadas em seus produtos não oferecem risco à saúde, "conforme é consenso entre agências reguladoras da área de alimentos". 

RÓTULOS
 
O Idec (Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor) defende a proibição do uso e, antes disso, a adoção de avisos nos rótulos de todos os produtos que contenham bisfenol A.
"Não há norma que obrigue a isso, mas temos essa posição com base no direito à informação previsto no Código do Consumidor", diz a advogada Juliana Ferreira.
No Senado, tramita projeto de lei para banir o uso do BPA em produtos infantis. 

Fonte: folha  

2 de novembro de 2010

Qual é a diferença entre carne-de-sol e carne-seca?

A principal diferença é que a carne-seca, como o nome dá a entender, é mais seca que a carne-de-sol. E também mais salgada. A carne-seca tem um teor de umidade de aproximadamente 45% e até 15% de sal; a umidade da carne-de-sol atinge 70%, com 5% ou 6% de sal. A carne-de-sol, diferentemente do que o nome dá a entender, não é exposta aos raios solares.



"Os cortes do traseiro do boi são salgados e deixados para secar por 2 ou 3 horas em um lugar coberto, de preferência com vento", diz Aguifá Lira Dantas, secretário da Agricultura de Picuí, Paraíba (autodenominada capital mundial da carne-de-sol, que "exportou" nativos e seus restaurantes para todo o Brasil).

A baixa umidade do ar é indispensável para a obtenção de um bom produto – eis uma das razões por que o sertão nordestino é o ambiente ideal para secar a carne. A outra é o know-how dos sertanejos. "O que importa é ter o macete da quantidade de sal e do tempo de secagem. Já a carne, a gente traz muita do sul do país", afirma Aguifá.

O processo de secagem da carne-seca (também chamada de charque ou jabá) inclui – veja só – uma etapa em que as mantas de carne são estendidas ao sol. Graças à extrema desidratação, ela pode durar até 4 meses em temperatura ambiente, contra os 4 dias da carne-de-sol.
Na cozinha, a carne-seca precisa ficar de molho para dessalgar e reidratar. O preparo da carne-de-sol é mais simples. Segundo o picuiense Aguifá, é "só lavar e pôr na brasa".

Álcool é mais prejudicial do que a heroína ou o crack

Os danos aos outros explicam a classificação do álcool.
Um estudo britânico que analisou os danos causados aos usuários de drogas e para as pessoas que os cercam concluiu que o álcool é mais prejudicial do que a heroína ou o crack.

O estudo divulgado na revista científica Lancet classifica os danos causados por cada substância em uma escala de 16 pontos.
Os pesquisadores concluíram que a heroína e a anfetamina conhecida como "crystal meth" são mais danosas aos usuários, mas quando computados também os danos às pessoas em volta do usuário, no topo das substâncias mais nocivas estão, na ordem, o álcool, a heroína e o crack.
O cigarro e a cocaína são considerados igualmente nocivos também quando se leva em conta as pessoas do círculo social dos usuários, segundo os pesquisadores. Drogas como LSD e ecstasy foram classificadas entre as menos danosas.
Apolítica

Um dos autores do estudo é David Nutt, que ocupou o cargo de principal conselheiro do governo britânico para a questão das drogas.
Após deixar o posto, no ano passado, ele formou o Comitê Científico Independente sobre Drogas, instituição que se propõe a investigar o tema de forma apolítica.

O professor Nutt afirma que "considerados os danos totais, o álcool, o crack e a heroína são claramente mais prejudiciais que todas as outras (substâncias)".

"Nossas conclusões confirmam outros trabalhos que afirmam que a classificação atual das drogas tem pouca relação com as evidências de danos", diz o estudo.
"Elas também consideram como uma estratégia de saúde pública válida e necessária o combate agressivo aos males do álcool."
Fonte: BBC Brasil