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30 de agosto de 2011

Batata-doce para secar a barriga



É difícil acreditar que algo que tenha a palavra doce no nome ajude a emagrecer. Pois essa batata originária da América Central auxilia a exterminar os quilos a mais com muita doçura. Pelo menos é o que mostra uma pesquisa da College of Agriculture and Life Sciences, nos Estados Unidos. O poder desse tubérculo se deve a seu baixo índice glicêmico, o famoso IG. "Isso significa que ele é digerido de forma mais lenta e, portanto, dá mais saciedade, auxiliando no combate à obesidade", ensina a nutricionista Gisele Pavin, coordenadora de nutrição da Unilever. "E, por liberar a glicose de forma gradual, evita que ela seja armazenada no corpo feito gordura", completa.

Não à toa, graças à geração equilibrada de energia proporcionada pelo vegetal, a batata- doce é considerada o alimento dos atletas. Afinal, propicia que o açúcar seja absorvido na medida exata. Daí, o corpo não se vê obrigado a secretar doses exageradas de insulina, o hormônio responsável por botar esse combustível adocicado para dentro das células. "Em outras palavras, a pessoa tem disposição de sobra para se exercitar", explica a nutróloga Marcella Garcez Duarte, da Associação Brasileira de Nutrologia, que dá a dica: o ideal é consumi-la entre uma e duas horas antes da atividade física.

A batata-doce é benéfica até para quem apresenta tendência ao diabete. Afinal, com a produção de insulina na dose certa, o pâncreas, encarregado de fabricá-la, não trabalha adoidado. Assim, o indivíduo não desenvolve resistência à substância, um fator por trás do tipo 2 da doença. O estudo americano ainda descobriu que a variedade Beauregard, que está chegando agora ao Brasil, tem o mesmo padrão proteico de suplementos vendidos até pouco tempo no exterior para controle da glicose no sangue de portadores do distúrbio. "Por enquanto ela está sendo distribuída para cultivo próprio, mas deve chegar aos mercados sem demora", conta Jairo Vieira, chefe de pesquisa e desenvolvimento da Embrapa Hortaliças, em Brasília. Diante dessas propriedades, ninguém deixará a batata-doce fora da lista de compras, não é mesmo?

A diferença entre:

Batata-inglesa 

Ultrapassa os 85 pontos do limite de um índice glicêmico ideal. Mas é menos calórica do que sua irmã — são 52 calorias em 100 gramas cozidas — e apresenta taxas maiores de potássio e fósforo.

Batata-doce
Seu IG é 44, o que a coloca na categoria de baixo índice. É rica em ferro e possui cinco vezes mais cálcio do que a inglesa. E tem betacaroteno, antioxidante que vira vitamina A no organismo.
Na hora de comer

Evite prepará-la com óleos para não engordá-la. Para aproveitar melhor seus nutrientes, cozinhe-a com a casca. Assim, você desfruta das fibras. Adoce seu cardápio com o ingrediente de duas a três vezes por semana e complete o prato com proteínas.
via Revista Saúde

8 de julho de 2011

Dúvidas sobre probióticos, as chamadas "bactérias do bem"

Os principais produtos alimentícios comercializados no mundo contendo culturas probióticas são leites fermentados, iogurtes e até queijos
Foto: Dreamstime

1. O que são probióticos?

Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), probióticos são micro-organismos vivos que, quando ingeridos em quantidades adequadas, conferem benefícios à saúde. Para receber essa classificação, o micro-organismo precisa chegar ativo no intestino e estar em quantidades suficientes na forma de células vivas no alimento até o prazo final de validade.

2. Em que tipo de alimentos eles estão presentes?

Os principais produtos alimentícios comercializados no mundo contendo culturas probióticas são leites fermentados, iogurtes e até queijos. Porém, vale destacar que nem todos os produtos lácteos contêm probióticos. Para tirar qualquer dúvida, é recomendável sempre ler os rótulos dos produtos e identificar se eles possuem bifidobactérias ou lactobacilos, os tipos mais comuns de probióticos encontrados nos alimentos.

3. Nós já possuímos micro-organismos em nosso intestino: então, qual a importância de ingeri-los por meio de nossa alimentação?

O intestino contém bactérias consideradas benéficas, bactérias prejudiciais à saúde e bactérias que não produzem impactos negativos ou positivos ao organismo. Elas habitam o intestino, fazendo parte da flora intestinal, que, no humano adulto, é composta por mais de 500 espécies de micro-organismos.

Esses micro-organismos já presentes em nosso intestino são extremamente adaptáveis e devem viver em equilíbrio. Entretanto, quando ocorre um desequilíbrio, devido à má alimentação, fatores emocionais ou ingestão de antibióticos, por exemplo, podem ocorrer modificações na composição da flora, tornando o organismo mais vulnerável. A ingestão de probióticos por meio dos alimentos ajuda a equilibrar a flora intestinal, estimulando a proliferação das bactérias benéficas em detrimento das bactérias potencialmente prejudiciais. Estudos mostram que probióticos do tipo bifidobactérias podem ter efeitos benéficos no trânsito intestinal e os do tipo lactobacilos podem ajudar a modular as defesas do organismo.

4. Porque eles conseguem passar pelo processo digestivo e permanecerem vivos em nosso intestino?

Uma das premissas que caracterizam os probióticos é a capacidade de chegar vivo ao intestino. Estudos científicos comprovam que os probióticos sobrevivem à passagem pelo trato gastrintestinal quando ingeridos em leite fermentado. Vários fatores podem contribuir para essa sobrevivência, incluindo a resistência da bactéria ao baixo pH gástrico e à ação dos ácidos gástricos e sais biliares. A matriz láctea é a preferencial como veículo de probióticos, por causa de suas características: como substrato, pH favorável, e por ser de fácil inserção na dieta para que seu consumo seja frequente.

5. Que benefícios podem trazer para a saúde de quem consome?

Os benefícios dependem da quantidade de micro-organismos ingerida, da frequência de ingestão (que deve ser regular) e do tipo de micro-organismo, já que cada cepa (família) dentro de cada espécie de bactéria caracteriza uma ação específica no organismo e diferencia completamente o benefício que ela pode proporcionar. Além da melhoria dos hábitos alimentares e estilo de vida, existem evidências de que o consumo de probióticos do tipo bifidobactérias pode ajudar no intestino preguiçoso, regulando o tempo de trânsito intestinal e, consequentemente, melhorando a qualidade de vida dos indivíduos. Estudos também apontam que os probióticos do tipo lactobacilos ajudam a equilibrar a flora intestinal (parte fundamental das defesas do organismo), podendo contribuir para uma modulação da resposta imunológica.

6. Qual é a frequência e a quantidade ideal que devemos ingerir de alimentos probióticos?

Alimentos contendo probióticos devem fazer parte de uma dieta saudável e balanceada como qualquer outro alimento. Para garantir um efeito contínuo, os probióticos devem ser ingeridos regularmente. Estudos científicos demonstraram que para serem de importância fisiológica para o consumidor, os probióticos devem ser consumidos em concentração superior a 108 (elevada à oitava potência) UFC/g (unidades formadoras de colônia/gramas).



Consultoria: Jorge Carvalho Guedes, gastroenterologista da Federação Brasileira de Gastroenterologia.

10 de março de 2011

Nasa não reconhece descoberta de 'bactéria alienígena'

Suposto fóssil encontrado no meteorito

(Foto: Reuters/Journal of Cosmology)

A Nasa divulgou nesta segunda-feira um comunicado oficial deixando claro que não tem participação na pesquisa que teria encontrado provas de vida alienígena. Richard Hoover, astrobiólogo que trabalha na agência, assinou um estudo afirmando isso, divulgado pelo “Journal of Cosmology” na última sexta-feira.
A descoberta veio pela análise de um meteorito chamado condrito carbonáceo CI1 – um tipo raro, há apenas nove deles registrados na Terra. Examinando com microscópios, ele encontrou o que seriam fósseis de bactérias semelhantes às cianobactérias.

A análise concluiu ainda que as bactérias fossilizadas não seriam contaminantes terráqueos, mas sim organismos nativos do corpo celeste que originou aquele meteorito – alguma lua, por exemplo.

A conclusão de que essa era uma prova definitiva de existência de vida alienígena foi contestada na sociedade científica dos EUA. O “Journal of Cosmology” não é uma publicação bem aceita no meio. Seus métodos de revisão são considerados pouco rigorosos do ponto de vista científico, ou seja, os artigos divulgados por ele nem sempre têm fundamento.

O comunicado divulgado pela Nasa, assinado por Paul Hertz, chefe da Diretoria de Missão Científica da agência, endossa este ponto de vista:

“A Nasa não pode estar por trás ou apoiar uma afirmação científica a menos que ela tenha sido aprovada por análise colegial ou examinada detalhadamente por outros especialistas qualificados. Esse artigo foi enviado em 2007 para o ‘International Journal of Astrobiology’. Contudo, o processo de análise colegial não o aprovou. A Nasa também não tinha conhecimento do envio do artigo para o ‘Journal of Cosmology’ nem de sua consequente publicação”, dizia o texto.

G1